Brasileiritmos Leograf
Brasileiritmos foi uma iniciativa cultural da Leograf para imprimir um novo olhar sobre os ritmos musicais brasileiros. Essa ideia contou com a parceria de Daniel Carlomagno na produção musical e Roberto Perrone nos textos. Show.
Com um ritmo para cada mês do ano, o Brasileiritmos misturou a música tradicional brasileira com o universo gráfico. Foram 12 músicas inéditas, criadas especialmente para este projeto.
As composições e arranjos partem do ritmo original em seu estado puro para se reencontrarem harmonicamente com seus correspondentes contemporâneos da música pop e eletrônica.
Conheça os ritmos
Para ler os textos sobre a história dos ritmos e ouvir as 12 faixas, é só acessar o site do projeto: http://brasileiritmos.com.br/projeto.
Janeiro:
Bossa Holográfica
Numa licença poético-musical, tal qual um holograma, a Bossa Nova é aqui impressa através dos sintetizadores e batidas eletrônicas ao lado de sua estrela principal: o violão e sua ginga joãogilbertiana.
Abril:
Maracatu Amarelo
A sua singular linha rítmica é sinuosa, embusteira e misteriosa. O seu “vai-não-vai” desenha imediatamente em nossas mentes uma dança esperta e colorida, cheia de ginga e vitalidade podendo manter animada por várias horas a multidão que o acompanha.
Julho:
Boi Metalizado
Quando este ritmo original do Norte/Nordeste do Brasil se junta à dança e ao multicolorido metalizado dos bois, índios e figuras mitológicas, forma-se um caleidoscópio musical único que é mais conhecido como o Bumba Meu Boi.
Outubro:
Coco Lenticular
Esse ritmo espalhou-se pelo país influenciando de Gilberto Gil a Chico Science & Nação Zumbi, passando por Genival Lacerda, Bezerra de Menezes, Lenine e tantos outros.
Fevereiro:
Marcha Reticulada
O poder vibrante deste ritmo foi inspirado no seu parente mais próximo, a marcha militar que conduzia nossos soldados para a guerra em fileiras perfeitas e uma irresistível cadência hipnótica.
Maio:
Moda de Viola 4x4
Vão na sela destas canções, de letras e melodias “simples”, os mesmos dilemas e dores das tragédias gregas, vestidas com roupas de meninos da porteira e chicos mineiros, galopando por esta longa estrada da vida.
Agosto:
Vanerão Com Verniz
Começa com um piano criando um leve suspense, tal qual o coração do moço segundos antes de convidar a moça para dançar. Aceito o convite, entra rasgando o acordeão, sobre a pisada forte do contrabaixo e tudo mais que a tem direito este ritmo irresistível.
Novembro:
Choro Marca D'Água
Tudo indica que o Choro, nossa primeira música genuinamente urbana, tem origem em 1870 no encontro entre a música européia de salão com os ritmos africanos, que eram tocados ao seu modo, pelos músicos brasileiros.
Março:
Ciranda Cintilante
Ciranda pode ter vindo do espanhol zaranda ou pode ter evoluído do árabe çarand, peneira de farinha. Mas também pode vir do trabalho das mulheres, tendo sido grafado inicialmente como seranda.
Junho:
Baião Azul
Este ritmo fantástico e seus irmãos, Xote, Xaxado, Arrasta-pé e Cia, mantêm-se vivos e renovados na voz e na sanfona das novas gerações, ora temperado pelas guitarras elétricas, ora enriquecido pelas sofisticadas harmonias da nossa MPB.
Setembro:
Frevo Frente e Verso
Antes conhecido como marcha carnavalesca pernambucana, ganhou passos e trejeitos dos capoeiras que protegiam o bloco nos confrontos com os blocos rivais (dizem que as tais sombrinhas eram armas disfarçadas, porém, com o auxílio luxuoso da música, hoje tudo virou uma grande festa)
Dezembro:
Samba Fluorescente
Tem samba de roda, samba-canção, bossa-nova, afro-samba, samba esquema novo, samba-jazz, samba-rock, samba-soul, samba reggae, partido–alto, gafieira, pagode, samba de raiz, tem samba-só samba mesmo e até escola de samba tem!